VI
Campos de Aljubarrota, inda em vós soa
O eco da trombeta castelhana
Horrendo, fero, ingente e temeroso.
Guadiana, tuas águas de assustadas
Vejo-as atrás volver. - Que anjo de morte
É esse que discorre d’ala em ala
Coa fulminante espada? Jorra o sangue,
Treme a terra debaixo dos pés duros
Dos ardentes cavalos, soa o vale,
Lanças escalam, os broquéis sonoros
Estalando retinem - «Sant’ Tiago!»
- «San’ Jorge e avante!» cada qual rebrama.
- «Vitória! A quem?» - «Ao Lusitano, a Nuno.»
VII
Já não cabe na Europa o ânimo grande
Dos Portugueses: treme a África adusta,
E a triunfada Ceuta abre suas portas
Aos infantes magnânimos. - Mas cara
Custa a vitória: vês, o novo Régulo
Só pelo amor da pátria está passando
A vida, de senhora, feita