Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CANTO OITAVO

Página 140

- Eis vês a filha das cerúleas ondas,

A bela Vénus, que repoiso amigo,

Delicioso lhes traz; ilha divina

Onde quanto espalhou a natureza

Por mares, céus e terra em formosura,

Tudo ajuntou ali: capados bosques,

Coutos d’amena sombra; vicejantes

Relvas em que o primor de seus matizes

Esmerou Flora, e lhas bordou mais lindas

Que o próprio leito onde com doces beijos

Zéfiro lhe mitiga o ardor da sesta;

Murmurantes arroios, mansamente

- Em seu correr, de amores conversando

Coas as dríades do bosque; os rubicundos

E dourados tesouros de Pomona...

Oh! que cena de lânguidos prazeres,

Que paraíso de deleite, ó Vénus!

Pelo travesso filho asseteadas

As esquivas nereidas suspirando,

Seguem a bela deusa, que promete

A suspirar tão doce um doce prémio.

XIV

Mas

<< Página Anterior

pág. 140 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 140

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161