Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 9: CANTO NONO

Página 148
»

Entrou a corte pelos átrios régios.

III

Rápido ia o sol no céu descendo:

O guerreiro cantor volve a embrenhar-se

Pela espessura e bosques. Não esp’ranças

De melhor sorte, não lisonjas doces

De amor próprio, mais doces quando ouvidas

De lábios de monarcas: não promessas

De merecido prémio, - nada agita

O sangue do esforçado navegante.

Se ideias tais despontam, breve as sorve

Remoinho de encontrados pensamentos

Que do ansiado espírito lhe travam.

A mensagem, a carta misteriosa

Revolve, e as circunstâncias; as palavras,

Interpretá-las quer. - Em vão; não podem

As conjecturas mais: força é do dia

Aguardar impaciente o lento ocaso.

IV

No mais erguido cume da alta serra

Que disseram da Lua eras antigas,

De fábrica mourisca se alevanta

Castelo hoje em ruínas derrocado.

<< Página Anterior

pág. 148 (Capítulo 9)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 148

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161