Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 9: CANTO NONO

Página 153

Vê-lo-á, o objecto de suspiros tantos,

De saudade tão longa, da romagem

Devota; mas só vê-lo, - e adeus eterno,

E para sempre adeus!... Cruéis lhe vedam

Mais que esse adeus. Voltou à pátria, e morre.

XI

Este foi da poisada solitária

O fundador e o único vivente

Que desde então as frias cumeadas

E ruínas habitou da antiga torre.

E este era o sítio que aprazava a carta

De incógnita mensagem ao guerreiro.

XII

Alfim no oceano se mergulha a lâmpada

Do firmamento máxima. Descia,

Como um véu, a nebrina sobre a serra;

Já lhe toucava a frente, e ia ligeira

Pela espalda, insensível devolvendo,

Té lhe poisar as orlas na planície.

No meditar profundo embevecido,

O guerreiro, que aguarda há muito a hora

Lenta da noite, não deu fé da névoa

Que húmida todo em derredor o fecha.

<< Página Anterior

pág. 153 (Capítulo 9)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 153

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161