Toda a odiar-te, inteira a aborrecer-te
Pouca seria. Tu só me roubaste
Aquele coração: tu sim, tu foste.
Tu mo roubaste, que, sem ti, meu fora.
Em vida te adorou; na morte... A morte,
Quem, senão tu, à ingrata lha há causado?
Saudades a privaram da existência.
Consola-me que ao menos não gozaste
Tanto amor, tanta fé, tanta beleza,
Que não mer’cias não. Se digno dela
Houve mortal, a mim, que não a um...»
…………………….«Conde!»
Bradou convulso, e a mão ao ferro leva
O insofrido guerreiro. Mas tranquilo
O rival lhe tornou: - «Sois ofendido?
Desafrontai-vos; ferro e braço tendes.
Nem vos fujo eu: porém a minha espada
Jamais demandará um peito que ela...
Sim, que ela amou. Transviou-me a paixão d’alma;
Bebera o sangue que essas veias gira,
Que nesse coração bate coa vida:
Mas veda-o juramento sacrossanto;
Guardá-lo-ei.