Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 1: CANTO PRIMEIRO

Página 24

Raro o caso verás; porém não chora

O Jau pelos palmares do seu ninho:

Prende-o a amizade, não grilhões de escravo,

A seu senhor, amigo e companheiro.

- E ess’outro? - Deu-lhe o ser matrona do Ebro;

E os pendões de Isabel hasteou nos muros

Da vencida Granada: mas a frente,

Hoje de raras cãs mal povoada,

Nem só das murtas se coroou da Alhambra;

Capelas de magnólia em mundos novos

Lhe deram sangue e crimes... Crimes foram,

Que o sócio de Cortez cobriu do saco,

E humilhou nas cinzas a cabeça

Dos louros da vitória descingida.

Pardo burel lhe roça a penitência

Nos membros que luziram d’aço e d’oiro.

Voto solene e zelo d’outra glória

O levou d’além cabo das tormentas

Da aurora aos roxos seios. - Estes eram

Os que junto ao guerreiro silencioso

Mudos como ele e quedos o fitavam.

<< Página Anterior

pág. 24 (Capítulo 1)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 24

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161