Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 4: CANTO QUARTO

Página 67
única esp’rança

Do reino, que, inda mal! já tanto inclina

Da primeira grandeza! - Ah! confiança

Tenho que inda haverá nesse conselho

Um português que português lhe fale,

E com a respeitosa liberdade

Que é nossa natural e um bom rei preza...

Preze ou não, deve ouvi-la: mau conselho

Dará sempre o que, ao dá-lo, se arreceia

Da verdade que diz. - É tarde, é tarde;

Fomos, não somos já.» Continuaram

Em práticas iguais os dois amigos;

Mas o Luso, a quem n’alma se alevantam

Ideias que as da pátria suspenderam,

Dest’arte diz - «Amigo, um dever triste

Me chama, a quê não sei: cobre-o mistério

Com véu impenetrável. Minha vida

Toda há sido de estranhas aventuras.

Quem sabe? - acabará por esta agora.

É de fracos temer, mas de prudentes

Acautelar-se é lei. Meu haver único,

Todos os meus tesouros são um livro.

<< Página Anterior

pág. 67 (Capítulo 4)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 67

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161