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Capítulo 4: CANTO QUARTO

Página 75
- O mar ao longe

Dá longos, ocos brados que rebramam,

Como se desse em vão nalgum rochedo.

VIII

«Éramos cerca do famoso cabo

A que mudou boa esperança o nome

Que primeiro lhe demos, das tormentas.

Ao pensar em tão ásperas fadigas,

Tanto sangue perdido, tanta morte,

Tanto naufrágio cru, desgraças tantas

Que a dobrar esse cabo nos custaram

Para ir edificar sublime império,

Novo reino entre gentes tão remotas,

Se me alargava o coração no peito,

Vendo-me português. E é pois tal feito

Feito d’homens?... - O vento repentino

Soprou, rasgaram-se as fechadas nuvens,

E retremeu nos mares o estampido

Dum trovão temeroso. Alheada a mente

Na majestade da procela horríssona,

E em tamanhas ideias confundida,

No ar se me afigurou troar de irada

A potestade

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pág. 75 (Capítulo 4)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 75

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161