Pátria, pátria, rival tu foste d’Ela!
Tu me ficaste só, não desampares
Quem por Ela e por ti sofreu constante,
Quem por ti só agora o fio extremo
Ténue conserva da existência aflita...
Rosa d’amor, rosa purpúrea e bela,
Quem entre os goivos te esfolhou da campa?
VII
«Desamparou-me! - Triste e sem conforto
Fiquei só, neste vale de amargura.
Linda, mimosa flor, à sombra tua,
Rasteira grama vegetava apenas
Minha tímida esp’rança. Amareleço,
Desabrigada planta, ao sopro ardente
Do norte queimador. - Quem te há cortado,
Quem, rainha das flóridas campinas,
Te decepou sem dó - que faz, que espera,
Que não leva também, que não arranca
A humilde ervinha que sem ti falece?
Rosa d’amor, rosa purpúrea e bela,
Oh! leva-me contigo à campa fria.»
VIII
Canção, canção de morte era esta sua,
Que em som carpido os montes repetiam
Da umbrosa Sintra.