..
Rosa d’amor, rosa purpúrea e bela,
Quem entre os goivos te esfolhou da campa?
VI
«Oh gruta de Macau, soidão querida,
Onde tão doces horas de tristeza,
De saudade passei! gruta benigna
Que escutaste meus lânguidos suspiros,
Que ouviste minhas queixas namoradas,
Oh fresquidão amena, oh grato asilo
Onde me ia acoitar de acerbas mágoas,
Onde amor, onde a pátria me inspiraram
Os maviosos sons e os sons terríveis
Que hão-de afrontar os tempos e a injustiça!
Tu guardarás no seio os meus queixumes,
Tu contarás às porvindouras eras
Os segredos d’amor que me escutaste,
E tu dirás a ingratos Portugueses
Se português eu fui, se amei a pátria,
Se, além dela e d’amor, por outro objecto
Meu coração bateu, lutou meu braço,
Ou modulou meu verso eternos carmes.