Por mais que o mundo aclame os vãos triunfadores,
Os que passam cantando e os que passam ovantes,
Os que entre a multidão vão como uns hierofantes,
E os que repartem d’alto, augustos julgadores,
Às turbas o favor e os desdéns cruciantes,
Não há glória ou poder, cousa que o mundo aclame,
Igual à morte obscura, erma, vil, impotente,
D’um homem justo e bom, que expira injustamente
Na miséria, no exílio, ou em cárcere infame,
Mas que aplaude a consciência - e que morre contente!
1873