CAPÍTULO VII - LUZ DO SOL, LUZ DA RAZÃO (RESPOSTA À POESIA DE JOÃO DE DEUS, “LUZ DA FÉ”)
Tu, sol, é que me alegras!
A mim e ao mundo. A mim…
Que eu não sou mais que o mundo,
Nem mais que o céu sem fim…
Nem fecho os olhos baços
Só porque os fere a luz…
Ergo-os acima - e embora
Cegue, recebo-a a flux!
Crespúsculos são sonhos…
E sonhos é morrer…
Sonhar é para a noite:
Mas para o dia, ver!
Sim, ver com os olhos ambos,
Com ambos devassar
Os astros nessa altura,
E os deuses sobre o altar!
Ver onde os pés firmamos,
E erguemos nossas mãos!
E quer nos montes altos,
Quer nos terrenos chãos,
É sempre amiga a terra
E é sempre bom viver,
Se a terra à luz da aurora
E a vida ao amor se erguer!