CAPÍTULO II - SECOL’ SI RINUOVA (Ao SR. J. P. OLIVEIRA MARTINS)
I
Não sei que pé, na estrada do Infinito,
Vai andando, não sei! mas as Cidades
E os Templos e, nos altos minaretes,
A Meia-Lua, e a Cruz nas altas torres,
E os Castelos antigos e os Palácios,
- Tudo quanto aí estava edificado
E assente como a rocha sobre o monte
- Tudo sente pavor e se perturba
E sem tremor pressago de ruína
E se escurece e teme…
Das alturas
Do passado, olha o abismo do futuro
E, vendo-o a vez primeira tão cavado,
Tão lívido por baixo e, por instantes,
Cortado de relâmpagos… anseia
E tem vertigens de atirar-se ao pego!
A ossada das Babéis do mundo antigo
Gemeu - e viu-se então esse esqueleto,
À luz de incêndio estranho, conchegando,