CAPÍTULO III - A IDEIA
I
Pois que os deuses antigos e os antigos
Divinos sonhos por esse ar se somem…
E à luz do altar-da-fé, em Templo ou Dólmen,
A apagaram os ventos inimigos…
Pois que o Sinai se enubla, e os seus pascigos,
Secos à míngua d’água, se consomem…
E os profetas d’outrora todos dormem,
Esquecidos, em terra sem abrigos…
Pois que o céu se fechou, e já não desce
Na escada de Jacob (na de Jesus!)
Um só anjo que aceite a nossa prece…
É que o lírio da Fé já não renasce:
Deus tapou com a mão a sua luz,
E ante os homens velou a sua face!
II
Pálido Cristo, ó condutor divino!
A custo agora a tua mão tão doce
Incerta nos conduz, como se fosse
Teu grande coração perdendo o tino…
A palavra