CAPÍTULO IV - JUSTITIA MATER
Nas florestas solenes há o culto
Da eterna, íntima força primitiva:
Na serra, o grito audaz da alma cativa,
Do coração em seu combate inulto:
No espaço constelado passa o vulto
Do inominado alguém, que os sóis aviva:
No mar ouve-se a voz grave e aflitiva
Dum deus que luta, poderoso e inculto.
Mas nas negras cidades, onde solta
Se ergue de sangue medida a revolta,
Como incêndio que um vento bravo atiça,
Há mais alta missão, mais alta glória:
O combater, à grande luz da história,
Os combates eternos da justiça!
1870