(AO SR. ALEXANDRE HERCULANO)
I
Também sei, também sei o que são lágrimas!
E sei quanto se deve
Às cinzas dos Avós, quando as lançamos
Aos ventos do oceano!
II
Eu falo das ruínas do passado,
E de glórias futuras;
E meu peito está cheio de desejos
E aspirações imensas.
E solto o canto, ébrio de esperanças,
Ao ver a nova Aurora:
E ergo a face, e meus olhos são de chama,
Por saudar a Justiça!
E ao ver a grande Lei, que vem correndo
Pela encosta dos tempos,
Como carro, e esmagando os troncos velhos,
E deslocando tudo;
Bato as mãos - porque o eixo desse carro
É o braço da Verdade!
E o motor, que o impele, é a caldeira
Gigante do Progresso!
III