....................................................................
Mas quando o largo céu da crença avita
Desaba com fragor e espanto e treva,
E a luz, a paz, a fé, tudo nos leva
Nas ruínas da abóbada infinita;
Quando um sopro fatal nos deuses vivos
Toca e em cinzas desfaz seus frios vultos,
E se ergue aquela voz cheia de insultos
Que brada aos deuses pálidos: “sumi-vos!”
Homens de pouca fé! não tenhais susto:
Fecunda é essa treva e essa ruína…
Palpita nesse pó vida divina…
Rebentam fontes do areal adusto…
Sim, podeis crer, ó gente pouco calma:
Não se aluiu no abismo este universo,
Se entre as cinzas de Deus e o pó disperso
Ficou de pé, heróica e firme, uma