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Capítulo 12: Capítulo 12

Página 237

A boa senhora, em cujas mãos eu deixara uma parte do meu dinheiro, ainda vivia, mas achava-se numa situação difícil. Auxiliei-a em tudo quanto a minha curta fortuna o permitia. Dirigi-me então para o condado de Yorkshire. Havia já muito tempo que os meus pais tinham falecido e, de toda a família, apenas estavam vivas duas irmãs e dois filhos do meu irmão. Como havia já anos que eu fora dado por morto, tinham repartido a herança paterna sem levar em conta os meus interesses.

Decidi ir para Lisboa, onde contava saber mais pormenores sobre a situação das minhas plantações no Brasil. Acompanhava-me o meu criado Sexta-Feira. Na capital portuguesa, para grande alegria' minha, encontrei um amigo antigo, o comandante que me levara no seu barco depois da minha fuga da escravidão africana. Já estava muito velhinho, abandonara a navegação e cedera o barco ao filho, que continuava o comércio com o Brasil. O velho comandante não me reconheceu, mas lembrou-se logo de seguida assim que lhe disse quem era.

Contou-me que não tornara ao Brasil desde há coisa de nove anos. Na altura da sua última viagem o meu sócio ainda vivia, embora já tivessem morrido os dois administradores, em cujas mãos fiéis depositara o meu quinhão. O comandante acreditava que eu recuperaria a maior parte dos lucros das minhas plantações.

Arrumei os negócios em Lisboa e enviei, pelo primeiro barco que partia para o Brasil, um documento completo e legalizado, acompanhado de uma procuração redigida por um notário. Poucos meses mais tarde chegou a resposta dos parentes dos meus dois administradores. Trazia, entre outras coisas, uma relação precisa do produto das minhas plantações nos anos passados e um resumo acerca do investimento do meu capital. Com isto vinha ainda uma carta do meu sócio, que me felicitava com palavras cordiais pela minha salvação e me fazia um relato extenso do que entretanto acontecera. Resultava, pois, que eu era possuidor de uma fortuna superior a cinquenta mil libras esterlinas.

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Capa do livro Robinson Crusoe
Páginas: 241
Página atual: 237

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 30
Capítulo 3 41
Capítulo 4 53
Capítulo 5 63
Capítulo 6 78
Capítulo 7 91
Capítulo 8 112
Capítulo 9 133
Capítulo 10 167
Capítulo 11 197
Capítulo 12 236