As suas discípulas eram a rainha de Hanover, a grã-duquesa Constantina, a grã-duquesa de Oldenburg e a princesa Teresa de Saxe-Altenburg. Era dedicadíssimo ao rei da Prússia, Frederico Guilherme IV, que o nomeou para aquele cargo. Os acontecimentos de 1848 abateram-no profundamente. Eu próprio, tendo nascido no dia do aniversário do aludido rei, a 15 de Outubro, recebi, como era tradição na casa dos Hohenzollern, o nome de Frederico Guilherme. A designação deste dia teve, em todo o caso, uma vantagem: caírem os meus anos em dia de festa durante toda a minha juventude.
Considero grande privilégio ter tido um pai assim; até me parece que isso explica todos os meus privilégios, com excepção da vida, do grande «sim» dito à vida. Devo-lhe antes de tudo não carecer de intento ou decisão para entrar plenamente no mundo das coisas superiores e delicadas: acho-me lá nos meus domínios, o meu mais íntimo sentir frui ali sua plena liberdade. Nem foi por certo desvantajosa circunstância que tenha pago tal privilégio quase com a própria vida.
Para poder compreender alguma coisa do meu Zaratustra requer-se estar numa condição análoga à minha - com um pé mais além da vida...
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Nunca tive a arte de prevenir alguém contra mim - também isto agradeço eu ao meu pai incomparável - mesmo quando isso tivesse acabado por ser-me proveitoso. Nunca tive prevenções contra mim, mesmo quando tal possa parecer muito pouco cristão. Pode revolver-se a minha vida em todos os sentidos, que nunca nela se encontrará, senão muito raramente, e propriamente uma só vez, sinais de malevolência dos outros homens contra mim - encontram-se até, pelo contrário, sinais de boa vontade...
As minhas experiências, e mesmo com aqueles que desiludem toda a gente, depõem em favor deles.