«Hunter esperara até que os seus companheiros de cavalariça voltassem; então, mandou um mensageiro contar ao treinador o que acontecera. Straker ficou excitado ao ouvir a narrativa, embora pareça não ter atingido inteiramente o seu verdadeiro significado. No entanto, o incidente deixou-o vagamente inquieto, e a senhora Straker, ao acordar à uma hora da manhã, verificou que ele se estava a vestir. Em resposta às suas perguntas, disse-lhe que não conseguia dormir por que estava preocupado com os cavalos e que ia descer ao estábulo para ver se tudo estava bem. Ela pediu-lhe que ficasse em casa, pois ouvia-se o ruído da chuva na vidraça. Porém, a despeito dos seus rogos, vestiu o impermeável e saiu de casa.
A senhora Straker acordou às sete horas da manhã e verificou que o marido não tinha voltado. Vestiu-se depressa, chamou a criada e dirigiu-se ao estábulo. A porta estava aberta. Lá dentro, estatelado numa cadeira, estava Hunter, mergulhado num estado de absoluta letargia. O estábulo do favorito estava vazio e não havia sinais do treinador. Os dois rapazes, que dormiam na divisão onde cortavam a palha, por cima da sala dos arreios, foram rapidamente acordados. Nada ouviram durante a noite porque tinham ambos o sono pesado. Era evidente que Hunter estava sob a influência de qualquer droga muito forte. Como não pudessem conseguir dele a menor explicação, deixaram-no dormir enquanto os dois rapazes e as duas mulheres correram a chamar o proprietário. Tinham ainda a esperança de que o treinador, por qualquer motivo, tivesse tirado o cavalo para exercícios matutinos. Entretanto, ao subirem a colina, perto de casa, de onde se viam todas as charnecas vizinhas, não só não puderam ver nenhum sinal do favorito como notaram algo que os advertiu de que estavam em presença de uma tragédia.