O Vale do Terror - Cap. 10: Capítulo 3 – Loja 341, Vale Vermissa Pág. 112 / 172

Num tom pouco gentil, Mac Murdo resmungou:

- Agradeço-lho, Marvin.

- Por mim está tudo bem, desde que você proceda correctamente. Contudo, se pisar o risco - ameaçou o capitão - teremos muito que conversar... Boa noite para si... e para si, também, Conselheiro.

Ao afastar-se do bar, tinha criado, atrás de si, um herói local.

As façanhas de Mac Murdo, na distante Chicago, causaram murmúrios de admiração. Os clientes do bar rodearam-no e, vieram apertar-lhe a mão. A partir dali, teria, o apolo da comunidade.

Embora Mac Murdo aguentasse muito álcool, naquela noite, se não fosse Scanlan estar presente, o jovem, em vez de ir para casa, teria ficado a dormir atrás do balcão, tão entusiasticamente tinham festejado o «novo herói».

Num sábado à noite, Mac Murdo foi admitido na Loja.

Como já fora «iniciado» em Chicago, pensara que poderia filiar-se em Vermissa, sem qualquer cerimonial. Contudo, ali existiam ritos particulares a que todo o postulante deveria submeter-se. A assembleia reuniu-se no vasto salão do Sindicato. Estavam presentes sessenta membros, embora o número de filiados fosse muito maior, pois havia lojas disseminadas por todas as localidades da região. Dessa maneira, quando o grão mestre ordenava que se cometesse qualquer crime, este era sempre executado por indivíduos de outra localidade, dificilmente identificáveis, já que os da terra apresentavam sempre álibis sólidos. No total, os filiados da loja de Vermissa eram mais de quinhentos, dominando a zona carbonífera.

A sala das reuniões do Sindicato, sem quaisquer adornos, tinha duas mesas. Uma comprida, onde se sentavam os sessenta homens, e outra, mais curta e larga, para a qual aqueles olhavam sequiosos, pois estava repleta de bebidas.





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