O Vale do Terror - Cap. 10: Capítulo 3 – Loja 341, Vale Vermissa Pág. 116 / 172

Na carne viva do antebraço, estava gravado, nitidamente, um triângulo, inscrito num círculo, profundo e rubro, como tinha deixado o ferro incandescente. Alguns dos irmãos, que estavam mais próximos dele, arregaçaram as mangas e mostraram marcas idênticas.

- Todos nós a temos - disse um deles, - mas nem todos a receberam com tanta bravura como você.

Aguenta-se bem - respondeu Mac Murdo - mas a dor e O calor da queimadura incomodam bastante.

Quando as libações, que sucediam à cerimónia de iniciação, terminaram, começaram as discussões dos trabalhos da Loja. Mac Murdo, habituado às actividades prosaicas de Chicago, ouvia, surpreendido, o que adiante se transcreve e relata.

- O primeiro assunto da ordem do dia - começou Mac Ginty, - consiste na leitura da seguinte carta do Chefe de Divisão Windle, do Condado de Merton, Loja 249:

Prezado Senhor:

Há um trabalho para executar com relação a Andrew Rae, da firma «Rae & Sturmash», proprietários de minas de carvão próximas desta zona. O senhor deve lembrar-se de que a sua Loja está em débito para connosco, pelos serviços de dois dos nossos irmãos, no caso do polícia de ronda, no último Outono. Peço-lhe que nos mande dois homens capazes, que ficarão às ordens do tesoureiro Higgins, desta Loja, cujo endereço é do seu conhecimento. Ele lhes dirá quando e onde devem agir. Seu irmão na liberdade.

J. W. Windle, C. D. A. O. H. L.

- Windle nunca se recusou a ajudar-nos quando tivemos necessidade de pedir-lhe a cooperação de um ou dois homens. Não podemos, portanto, deixar de atendê-lo.

Mac Ginty fez uma pausa e percorreu a sala com os seus olhos maldosos e baços.

- Quem se oferece espontaneamente para este trabalho - perguntou.





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