O Vale do Terror - Cap. 12: Capítulo 5 – O Inverno Negro Pág. 143 / 172

Como a pensão da velha Irlandesa se situava no limite da cidade, não tardaram a chegar à encruzilhada das estradas onde viram outros três homens com quem Lawler e Andrews se encontraram, seguindo depois todos juntos.

Os cinco forasteiros enveredaram por um atalho que conduzia à vasta região mineira de Josiah Dunn, oriundo da Nova Inglaterra, que a dirigia com mão de ferro, mantendo-a ordeira durante aquele reinado de terror.

O dia começara a despontar e já se viam pequenos grupos de trabalhadores a caminho das minas. Mac Murdo e Scanlan juntaram-se, tanto quanto possível, a estes, para melhor seguirem os assassinos.

Até a névoa que se levantara e os cercava estava impregnada de partículas de carvão, parecendo negra. De dez em dez minutos ouvia-se o apito que indicava a descida do elevador com mineiros para o ventre da terra. Ao chegarem à clareira do poço, viram uma centena de homens aguardando o transporte para as entranhas da mina. Quem fazia soar o apito era um escocês enorme e barbudo, Menzies, que saía da casa das máquinas, batendo com os pés no chão e esfregando as mãos, pois o frio era intenso.

Nesse mesmo instante, Andrews avançou para ele, seguido dos outros quatro.

- Quem são vocês? - inquiriu Menzies.

Não pôde proferir mais coisa alguma porque Andrews desfechou-lhe um tiro no estômago. O escocês ainda tentou dar alguns passos, mas os outros acabaram por abatê-lo a tiro, até o verem rebolar sobre um monte de resíduos de carvão.

Como os mineiros soltassem um murmúrio de revolta, os cinco homens começaram a disparar por cima das suas cabeças, para afastá-los do elevador.

Estabelecido o pânico, todos dispersaram, fugindo em direcção às respectivas casas do Vale Vermissa.





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