- Mais alguém sabe disto?
- Ninguém, a não ser eu e... agora, você.
-Tem a certeza de que esse seu amigo, não escreveu a qualquer outra pessoa desta região?
- Não sei, mas é possível que conheça mais pessoas de cá. Somos tantos milhares, nestas zonas de carvão e ferro...
- Sabe se ele conhece alguém da Loja?
- É provável.
- Se o seu amigo fez, a esse alguém, uma descrição de Birdy Edwards, não será muito difícil identifica-lo.
-Não é impossível, mas não creio que o meu amigo o conheça. Só teve acesso à informação pelo telégrafo. Portanto, não poderá saber qual a sinalética do agente da Pinkerton.
Subitamente. Mac Murdo animou-se:
- Já sei quem ele é! Co'os diabos, estamos cheios de sorte. Vou fazer com que o tipo não nos prejudique. Escute, Morris: deixe este assunto a meu cargo e não o transmita a mais ninguém.
- Certamente. Espero que consiga livrar-me de qualquer responsabilidade…
- Fique descansado Morris. Tratarei de tudo e seu nome não precisa de ser mencionado. Faça de conta que essa carta me foi dirigida directamente. Está agora satisfeito?
- Era justamente isso que eu tencionava pedir-lhe.
- Então, fica assim combinado. Bico calado, hem? Vou até à Loja, para a reunião de hoje e farei com que a Pinkerton se arrependa de se ter encarregado de uma investigação contra nós.
- Vai matar esse agente?
-Quanto menos você souber a esse respeito, Morris, tanto melhor para si. Não faça perguntas e deixe o caso comigo.
Morris despediu-se cabisbaixo.
- Receio temer-me moral mente responsável pela morte desse homem!
- Se for uma morte em legítima defesa, não poderá ser considerada crime - observou Mac Murdo.