O Vale do Terror - Cap. 14: Capítulo 7 – Birdy Edwards Cai na Armadilha Pág. 164 / 172

- Para ser franco, Mac – confessou o outro, titubeante, - não é a vontade de ajudar-vos que me falta, mas a coragem. Quando assisti à matança do administrador Dunn e do capataz da mina… fiquei apavorado! Não tenho a sua têmpera, Mac, nem a de Mac Ginty, para actos de violência extrema. Se a Loja não me julgar mal, vou seguir o seu conselho... e deixo-vos sós, esta noite.

Os sete Vingadores compareceram pontualmente à hora marcada. Exteriormente, apresentavam-se como cidadãos respeitáveis, bem trajados e bem escanhoados. Contudo, um perito em fisionomia, pouca esperança de salvação daria a Birdy Edwards, perante o olhar cruel e inexorável, comum a todos eles.

Eram homens calejados em assassinar seres humanos, como um magarefe abate as rezes num matadouro. Mesmo o tesoureiro Carter, com o seu ar impassível, tinha a fama de carniceiro. E ali estavam reunidos para liquidarem o agente da «Pinkerton».

Mac Murdo colocara uma garrafa de whisky, em honra dos seus hóspedes, e todos se apressaram a servir-se dela, para temperarem os nervos. Baldwin e Cormac já estavam meio embriagados e o álcool fizera recrudescer neles a íntima crueldade. Comarc, para aquecer as mãos, porque a noite gelara, colocara-as sobre a lareira mas, queimando-se, apressou-se a retirá-las, e lembrou:

- Isto serve.

Baldwin, logo compreendendo a intenção do parceiro, completou a ideia:

- Perfeitamente! Se o amarrarmos aí, não deixará de falar.

- Há-de falar, dê lá por onde der - replicou Mac Murdo, calmamente.

Parecia ter nervos de aço e Mac Ginty elogiou-o:

- Você é realmente a pessoa talhada para lidar com ele! Esse Birdy só perceberá o que lhe está a acontecer quando você lhe deitar as mãos à garganta.





Os capítulos deste livro