Mas por último, inesperadamente e sem o menor esforço de sua parte, Gordon conseguiu uma colocação. Certa manhã, chegou uma carta para Ravelston de Mr. McKechnie, o qual reconsiderara - não ao ponto de readmitir Gordon, evidentemente, mas de o ajudar a obter outro emprego. Comunicava que um tal Mr. Cheeseman, livreiro em Lambeth, procurava um ajudante. Do que revelava depreendia-se que o lugar seria seu, se se candidatasse, mas resultava igualmente óbvio que havia qualquer pequeno óbice algures. Gordon ouvira falar vagamente de Mr. Cheeseman, pois no negócio dos livros toda a gente se conhece e, no íntimo, a informação contrariava-o. O emprego não lhe interessava.
Não queria sequer voltar a trabalhar, mas apenas afundar-se, cada vez mais, sem esforço, na lama. No entanto, não podia desapontar Ravelston, depois de tudo o que fizera por ele. Assim, na mesma manhã, dirigiu-se a Lambeth, a fim de se elucidar melhor sobre a oferta.
O estabelecimento situava-se na parte mais desoladora da rua a sul da Ponte de Waterloo, pequeno, de aspecto pouco atraente, e o nome por cima da entrada não era Cheeseman, mas Eldridge.