»Pouco mais tenho a dizer e isso é também porque estou às portas da morte. Continuei a andar de cabriolé durante um dia ou mais, com a intenção de amealhar o suficiente para regressar à América. Estava no pátio, quando um rapaz andrajoso perguntou se havia lá um cocheiro chamado Jefferson Hope e disse que um cavalheiro precisava do cabriolé dele no n." 221-B da Baker Street. Fui sem suspeitar que corria perigo, o que compreendi mais tarde; este jovem pôs-me as algemas nos pulsos e com tal perfeição como nunca vi na minha vida. Esta é toda a minha história, cavalheiros. Podem considerar-me um assassino; mas continuo a dizer que sou um agente da justiça, como os senhores.
O relato do homem fora tão comovente e o seu comportamento tão impressionante que ficámos sentados em silêncio e absortos. Mesmo os detectives profissionais, saciados como estavam de todos os pormenores do crime, pareciam estar profundamente interessados na história do homem. Quando terminou, ficámos tão quietos durante alguns minutos que só se ouvia o raspar do lápis de Lestrade enquanto dava os últimos retoques no relato estenografado.
- Só há um ponto sobre o qual gostaria de saber mais algumas coisas - disse Sherlock Holmes, por fim. - Quem era o cúmplice que veio buscar o anel que pus no anúncio?