tormentos,
Ungindo os pés do Cristo?
E quem não há-de agora dar-te lágrimas,
Ó triste pecadora,
Vendo o teu manto de ouro retalhado,
E márcida a coroa?
Vendo os teus pés na borda já do abismo,
E o trono, o hino santo,
Feito um trenó de angústias e gemidos
E abafados soluços?
E o véu da virgindade agora feito
E talhado em sudário?
E a pompa feita agora saimento?
E a cruz cheia de luto?
Se eu não hei-de chorar!… Foi em teus braços
Que dormi, ainda infante,
E, infante, me embalei ao som plangente
De teus hinos sagrados!
Tive, criança loura, por brinquedo
Jasmins dessa coroa:
Deram-me sombra aos passos inda trémulos
Os teus longos cabelos!
E, quando ao seio maternal pendido,
Uma Lei soletrava
Nos olhos