Odes Modernas - Cap. 1: LIVRO PRIMEIRO – CAPÍTULO I – PANTEÍSMO Pág. 4 / 143

ardente… eterno alento!

Teu sopro é que fecunda a esfera vasta…

Choras na voz do mar… cantas no vento…

II

Porque o vento, sabei-o, é pregador

Que através das soidões vai missionando

A eterna Lei do universal Amor.

Ouve-o rugir por essas praias, quando,

Feito tufão, se atira das montanhas,

Como um negro Titã, e vem bradando…

Que imensa voz! que prédicas estranhas!

E como treme com terrível vida

A asa que o libra em extensões tamanhas!

Ah! quando em pé no monte, e a face erguida

Para a banda do mar, escuto o vento

Que passa sobre mim a toda a brida,

Como o entendo então! e como atento

Lhe escuto o largo canto! e, sob o canto,

Que profundo e sublime pensamento!

Ei-lo, o Ancião-dos-dias! ei-lo, o Santo,

Que





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