Penetra o sol, vestindo-os
Com raios triunfais!
Se ao céu até se viram
As bocas dos vulcões…
E têm os próprios cegos
Um céu… nos corações!
Não! não há céu e inferno:
Divino é quanto é!
Para que a rocha brilhe,
Basta que o sol lhe dê…
Basta que o sol lhe beije
As chagas que ela tem,
E a morta dessa altura,
A lua, é sol também!
E as trevas da nossa alma,
A nossa cerração,
Oh! como as desbarata
A aurora da razão!
Mas se a razão, surgindo,
Nossa alma esclareceu,
Também tu, sol, no espaço
Surges, razão do céu…
Por isso é que me alegras,
Ó luz, o coração!
Por isso vos estimo…
Tu, sol, e tu, razão!
1865