Odes Modernas - Cap. 14: CAPÍTULO IV - JUSTITIA MATER Pág. 86 / 143

CAPÍTULO IV - JUSTITIA MATER

Nas florestas solenes há o culto

Da eterna, íntima força primitiva:

Na serra, o grito audaz da alma cativa,

Do coração em seu combate inulto:

No espaço constelado passa o vulto

Do inominado alguém, que os sóis aviva:

No mar ouve-se a voz grave e aflitiva

Dum deus que luta, poderoso e inculto.

Mas nas negras cidades, onde solta

Se ergue de sangue medida a revolta,

Como incêndio que um vento bravo atiça,

Há mais alta missão, mais alta glória:

O combater, à grande luz da história,

Os combates eternos da justiça!

1870





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