O Principezinho - Cap. 14: Capítulo 14 Pág. 39 / 78

O homem de negócios levantou a cabeça:

- Vivo neste planeta há cinquenta e quatro anos e ainda só fui incomodado três vezes. A primeira vez foi há vinte e dois anos: era um besouro caído sabe Deus de onde. Fazia tanto barulho que me enganei quatro vezes numa soma. A segunda vez foi há onze anos: era um ataque de reumatismo. Tenho falta de exercício. Não me sobra tempo para andar por aí a vadiar. É que eu, eu sou um homem sério. A terceira vez... é esta! Mas, ia eu dizendo, quinhentos milhões...

- Milhões de quê?

O homem de negócios percebeu que não havia esperança de que ele o deixasse em paz:

- Milhões daquelas coisitas que às vezes se vêem brilhar no céu

- Moscas?

- Não, nada disso, coisitas brilhantes!

- Abelhas?

- Não, nada disso. Coisitas douradas que dão a volta à cabeça dos párias e dos vagabundos.

- Ah! Estrelas!

- Isso mesmo! Estrelas!





Os capítulos deste livro