Vinha depois a padaria; já que tinha a farinha, devia pensar como fazer o pão. Ao princípio não possuía levedura, nem meio de arranjá-la; em relação ao forno também me encontrava bastante perplexo. Imaginei, por fim, um processo para o substituir: fiz algumas vasilhas de barro muito largas e pouco profundas, de cerca de dois pés de diâmetro e nove polegadas apenas de profundidade, e cozi-as do mesmo modo que às outras. Quando quis cozer o pão, comecei por acender uma grande fogueira em minha casa, em cujo chão tinha posto ladrilhos quadrados e fabricados a meu modo, ainda que sem ter em conta as regras da geometria.
Quando a lenha ficava completamente reduzida a carvão, e este bem aceso, estendia-o sobre a lareira, onde o deixava até ficar bem quente; então, depois de ter separado os carvões e tirado perfeitamente a cinza, colocava a pasta, que cobria com as vasilhas de barro, em redor da qual punha carvões e restolho para concentrar o calor. Desta maneira consegui cozer os meus pães tão bem como seria possível nos melhores fornos do mundo; cheguei a ser um excelente pasteleiro, pois fiz magníficas tortas de arroz; apesar disso, não cheguei a preparar pastéis, porque só poderia recheá-los com carne de ave ou de lama.