O Vil Metal - Cap. 13: Capítulo 13 Pág. 256 / 257

Pousou a xícara de café na mesa e disse:

- É aqui que colocaremos a aspidistra.

- Colocaremos a quê?

- Aspidistra.

Ela saltou uma gargalhada, mas, venda que supunha que se tratava de um gracejo, ele volveu:

- Temas de ir comprar uma antes de as floristas fecharem.

- Não' falas a séria, Gordon! Pensas mesma em ter uma aspidistra em casa?

- Com certeza. E não a deixaremos cobrir-se de pó. Dizem que uma escova é o que há de melhor para a limpar.

Rosemary acercou-se e beliscou-lhe o braço.

- Não falas a sério, pois não?

- Por que duvidas?

- Uma aspidistra! Ter em casa uma dessas plantas deprimentes! De resto, ande a poríamos? Não a quero na sala, e no quarto ainda menos. Era o que faltava, uma aspidistra no quarto!

- Não a poremos no quarto. O lugar ideal é aqui.

Na janela da frente, ande os vizinhas do outro lado da rua a podem ver.

- Não acredita que fales a sério!

- Falo, sim. Temas de comprar uma aspidistra.

- Mas porquê?

- Parque é indispensável num lar. Na verdade, é a primeira coisa que se compra, depois de casar. Faz praticamente parte' da cerimónia nupcial.

- Não digas tolices! Eu não suportaria uma planta dessas cá em casa. Compramos um gerânio, se quiseres, mas nunca uma aspidistra.

- Um gerânio não serve. Tem de ser uma aspidistra.

- Pois não quero, e acabou-se.

- Temas de a comprar. Não prometeste obedecer-me?

- De modo algum. Não casámos pela igreja.

- É uma coisa que está implícita no serviço do matrimónio. «Amor, honra, obediência» e' tudo a resto.

- Não' está, não senhor. Seja como for, as aspidistras não entram cá em casa.

- Isso é que' entram.

- Já disse que não!

- E eu que sim.

- Não!

- Sim!

- Não!

Rosemary não o compreendia e admitiu a possibilidade de ele tentar apenas mostrar-se perverso. Começaram a acalorar-se e, em obediência ao seu hábito, discutiram violentamente. Era a sua primeira briga depois de casadas. Meia hora mais tarde, dirigiram-se à florista para comprar a aspidistra.





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