Converter-se no insignificante de chapéu de coco típico - O «homenzinho» de Strube -, o dócil cidadão que regressa a casa às seis e um quarto para comer empadão de carne e pêras de conserva ao jantar, escuta meia hora do concerto sinfónico da B. B. C. e depois talvez se dedique a um pouco de contacto sexual com a esposa, se ela «está com disposição»! Que destino! Não, não era para aquilo que uma pessoa vinha ao mundo. Precisava de se libertar, isolar-se da imundície do dinheiro. Acarinhava na mente uma espécie de conluio. Concentrava-se Inteiramente naquela guerra contra o dinheiro. Mas era secreta, por enquanto. Os colegas do escritório não suspeitavam das suas ideias menos ortodoxas. Nem sequer sabiam que escrevia poesia, conquanto não houvesse muitos indícios para se inteirarem, pois em seis anos tivera menos de vinte' poemas publicados em revistas. Exteriormente, não diferia de qualquer outro mangas-de-alpaca da City - um mero soldado do exército que o arrastava para leste de manhã e para oeste ao fim do dia, nas carruagens do metropolitano.
Tinha vinte e quatro anos quando a mãe morreu. A família desmembrava-se. Restavam apenas quatro Comstock da geração mais velha: as tias Ângela e Charlotte, o tio Walter e outro que faleceu no ano seguinte.