» Quando vim pela primeira vez para Londres, tinha os meus aposentos na Montague Street, exactamente na esquina do Museu Britânico, e ocupava as minhas inúmeras horas de lazer no estudo de todos os ramos da ciência que me pudessem tornar mais eficiente. Constantemente me apareciam casos, devido principalmente às diligências dos meus velhos colegas de estudo porque, durante os meus últimos anos na Universidade, falavam muito a meu respeito e sobre os métodos que eu empregava. O terceiro desses casos foi o do Ritual Musgrave. E foi devido ao interesse suscitado por essa singular cadeia de acontecimentos, e às grandes questões que entraram em jogo, que dirigi os meus primeiros passos para a posição que hoje desfruto.
» Reginald Musgrave tinha estado no mesmo colégio que eu na Universidade e mantive com ele uma leve amizade. Não era geralmente popular entre os alunos mais novos, embora, na minha opinião, o que parecia arrogância era, de facto, uma tentativa para encobrir a sua extrema desconfiança natural. Na aparência; era um homem de tipo excessivamente aristocrático, magro, de nariz nobre, olhos grandes e maneiras lânguidas, embora corteses.