- E se a casa ainda estiver vazia?
- Nesse caso, sairei amanhã e conversarei consigo sobre isso. Adeus e, acima de tudo, não se preocupe antes de saber se tem, de facto, um motivo para essa preocupação.
- Receio que este seja um dos maus casos, Watson – disse o meu companheiro, quando regressou após ter acompanhado o Sr. Grant Munro à porta. – O que é que achou?
- Tinha um som feio – respondi.
- Sim. Ou muito me engano ou há chantagem aqui no meio.
- E quem é o chantagista?
- Bem, deve ser a criatura que vive no único quarto confortável do local, e tem a sua fotografia em cima da sua lareira. Palavra, Watson, há algo de muito atraente no rosto lívido na janela. Não perderia este caso por nada no mundo.
- Já tem uma teoria?
- Sim, uma provisória. Mas ficaria surpreendido se ela não se demonstrasse correcta. É o primeiro marido dessa mulher que está na casa vizinha.
- Porque é que pensa isso?
- De que outra forma se pode explicar a sua ansiedade frenética que pretende impedir o segundo marido de entrar na casa? Os factos, como eu os leio, são assim: essa mulher foi casada na América.