Sr. Pycroft agitou as mãos no ar.
- Bom Deus! - gritou ele. - Enquanto fiz o papel de idiota, o que estaria o outro Hall Pycroft a fazer no escritório do Mawson? O que hei-de fazer, Sr. Holmes? Diga-me o que fazer!
- Precisamos de telegrafar para o Mawson.
- Mas aos sábados eles fecham ao meio-dia.
- Não faz mal; pode ser que haja porteiro ou guarda.
- Ah! Sim; têm um guarda permanente por causa do valor dos títulos que conservam. Lembro-me de ter ouvido falar nisso na City.
- Muito bem, nós telegrafar-lhe-emos e veremos se tudo corre bem e se um escriturário com o seu nome lá trabalha. Tudo é claro, mas o que não é assim tão claro é por que motivo, ao ver-nos, um dos velhacos saiu imediatamente da sala e se enforcou.
- O jornal- exclamou uma voz atrás de nós. O homem tentava sentar-se, pálido e horrível, com um começo de consciência nos olhos, e esfregando com as mãos, nervosamente, a faixa vermelha e larga que ainda se via em redor do seu pescoço.
- O jornal! Certamente! - berrou Holmes, num paroxismo de excitação. - Idiota que fui! Tanto pensei na nossa visita que o jornal jamais me passou pela cabeça. É claro que nele é que está o segredo. - Inclinou-se para o ler e soltou um grito de triunfo.
- Olhe isto, Watson! - gritou ele. - É o jornal de Londres, uma primeira edição do Evening Standard Aqui está o que queremos. Olhe para os títulos:
«CRIME NA CITY
ASSASSINATO NA CASA MAWSON E WILIAMS GIGANTESCA TENTATIVA DE ROUBO CAPTURA DO CRIMINOSO»
- Estamos todos aqui! Watson, ansiosos por ouvir; tenha a bondade de o ler em voz alta.