Para quê? Quando este ponto for esclarecido, já se terá resolvido um pouco o problema. Para quê? Só poderá haver um motivo adequado. Alguém queria aprender a imitar a sua letra e primeiro tinha de procurar uma amostra. Se passarmos para o segundo ponto, descobriremos que um lança luz sobre o outro. Esse ponto é o pedido de Pinner para que o senhor não declinasse o lugar, mas que deixasse o gerente deste importante negócio em plena expectativa de que Sr. Hall Pycroft, que nunca tinha visto, entrasse no escritório na segunda-feira de manhã.
- Meu Deus! - gritou o nosso cliente. - Que animal tenho sido!
- Agora já percebe o caso da caligrafia. Suponhamos que alguém se apresentava em seu nome e escrevia numa letra completamente diferente da que o senhor usou ao pedir a colocação: o jogo seria certamente descoberto. Mas entretanto o velho aprendeu a imitá-la e a sua posição foi portanto segura, pois presumo que ninguém no escritório o tinha ainda visto.
- Nem uma alma - grunhiu Sr. Pycroft.
- Muito bem. Era, certamente, da maior importância impedi-lo de pensar melhor, afastá-lo, também, do contacto com alguém que pudesse dizer que o seu duplo estava no escritório de Mawson. Portanto, fizeram-lhe um generoso adiantamento e mandaram-no para Midland, onde lhe deram trabalho suficiente para o impedir de ir a Londres, onde lhes podia ter estragado o joguinho. Tudo isto é muito claro.
- Mas por que havia este homem de pretender passar pelo seu próprio irmão?
- Ora, isso também é perfeitamente claro. Há, evidentemente, apenas dois neste negócio. O outro está a substituí-lo no escritório. Um age como contratante, mas descobriu que não lhe podia arranjar um patrão sem admitir uma terceira pessoa no conluio.