No termo da campanha contra os homens-macacos, os vencidos sobreviventes foram levados pelo planalto (os seus gemidos foram horríveis de ouvir!) até junto das cavernas dos índios. Serviriam de animais de carga aos seus novos amos. Era de certa maneira uma versão rude e primitiva do cativeiro do povo hebreu no Egipto ou Babilónia. A noite ouvíamos as lamentações que eles soltavam nos bosques: pensávamos invencivelmente num qualquer Ezequiel a lamentar-se da grandeza perdida e evocando a glória passada da cidade dos homens-macacos. Lenhadores, transportadores de água, eis o destino que lhes seria doravante reservado.
Dois dias após a batalha tínhamos voltado a atravessar o planalto com os nossos aliados e estabelecido o nosso acampamento no sopé dos escarpamentos que eles habitavam. Teriam partilhado de boa vontade as cavernas connosco, mas Lorde John recusou: achava que ficaríamos inteiramente em poder deles e, nesse caso, como precaver-nos contra eventuais atitudes traidoras? Conservámos, pois, a nossa independência, mantendo as armas prontas sem que isso significasse qualquer atentado ao carácter amistoso das nossas relações. Visitámos regularmente as cavernas, muito bem arrumadas, e éramos incapazes de lá determinar a parte do homem e a da Natureza. Assentavam todas numa única camada cavada numa rocha mole, intermédia entre o basalto vulcânico de que era constituído a parte superior do escarpamento e o granito duro da parte inferior.