p> Lord John Roxton tinha razão quando supusera que as mordidelas dos horríveis animais que nos tinham atacado podiam ser venenosas. Na manha do dia seguinte, Summerlee e eu sofremos muito com febre, ao passo que Challenger tinha um joelho tao dolorido que mal podia coxear. Permanecemos todo o dia no acampamento. Lorde John esteve ocupado a reforçar a espessura das paredes espinhosas que constituíam a nossa única protecção. Recordo-me que, nesse dia, tive constantemente a impressão de que eramos espiados; mas não sabia nem de onde nem por que observador.
Esta impressão era, no entanto, tão forte que falei dela ao Professor Challenger, mas este levou-a a crédito de uma excitação cerebral causada pela febre. Eu olhava à nossa volta a todo o Instante; estava persuadido de que ia avistar alguma coisa' de facto apenas distinguia o rebordo da cerca ou o tecto de verdura um pouco solene das árvores por cima das nossas cabeças. E, todavia, o meu sentimento fortificava-se cada vez mais: estávamos a ser vigiados por uma criatura malévola, e vigiados de muito perto. Meditei na superstição dos índios relativamente a Curupuri, o génio terrível errando pelos bosques, e comecei a dizer para comigo que a sua presença sinistra devia apoquentar todos os que invadiam o seu santuário.
Na noite do nosso terceiro dia na Terra de Maple White fizemos uma experiência que nos deixou uma recordação horrível, e demos graças a Lorde John por ter fortificado o nosso refúgio.