O Mundo Perdido - Cap. 4: Capítulo 4 Pág. 30 / 286

- Não é a primeira vez - disse severamente o polícia abanando a cabeça. - O senhor teve aborrecimentos o mês passado pelos mesmos motivos. E fez uma nódoa negra no olho deste jovem. Apresenta queixa contra ele?

- Deixe-me enternecer.

- Não - disse. - Não apresento queixa.

- Que vem a ser isso? - perguntou o polícia.

- Sou o primeiro a censurar-me. Introduzi-me em casa dele.

Tinha-me advertido lealmente.

O polícia fechou o seu bloco.

- Não voltem a recomeçar! - disse. - E agora desapareçam! Vamos, desapareçam!

Isto destinava-se a um rapaz do talho, a uma cozinheira, assim como a dois basbaques que ali se tinham juntado. Desceu a rua com o seu passo pesado, empurrando à sua frente aquele pequeno rebanho. O professor deitou-me uma olhadela; nesse olhar julguei discernir um reflexo de humor.

- Entre! - disse-me. - Ainda não acabei a nossa conversa.

A entoação era sinistra, mas nem por isso deixei de segui-lo. O criado Austin, uma verdadeira cara de pau, fechou a porta nas nossas costas.





Os capítulos deste livro