Odes Modernas - Cap. 24: CAPÍTULO XIV - À EUROPA Pág. 118 / 143

- E, em verdade,

Veríeis tudo isto simplesmente

Se, em vez de ter por lei o livro escuro,

Só na Justiça lêsseis o Futuro!

Sim! o Futuro! Vós olhais a um lado

E a outro lado - e vedes o horizonte…

Sabeis como passou quanto é passado,

E que alicerce teve cada monte…

Por vossa mão o mundo está marcado…

Cada mar, cada rio, cada fonte…

Tudo sabeis - a noite e a manhã -

Só vos esquece… o dia de amanhã!

Quando a Águia da Rússia as duas garras

Cravar no coração à liberdade,

Tapando com o vulto as cinco barras

Desse Volga de luz, a humanidade;

Quando, enfim, estalar quantas amarras

A tem lá presa desde a velha idade,

E, tomando co’a sombra toda a altura,

Se estender sobre a Europa a asa escura:

Quando o vento do Norte em nossos





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