Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 25 / 143

onde não há

Bonzo à porta a estremar fiéis e impuros,

Uns para a luz… e os outros para cá…

Ali parecerão os mais escuros

Brilhantes como a face de Jeová,

Comungando no altar do coração

No mesmo amor de pai e amor d’Irmão!

Amor d’Irmão! oh! este amor é doce

Como ambrósia e como um beijo casto!

Orvalho santo, que chovido fosse,

E o lírio absorve como etéreo pasto!…

Dilúvio suave, que nos toma posse

Da vida e tudo, e que nos faz tão vasto

O coração minguado… que admira

Os sons que solta esta celeste lira!

Só ele pode a ara sacrossanta

Erguer, e um templo eterno para todos…

Sim, um eterno templo e ara santa,

Mas com mil cultos, mil diversos modos!

Mil são os frutos, e é só uma a planta!

Um coração, e mil desejos doudos!

Mas dá lugar a todos a Cidade,

Assente sobre a rocha da Igualdade.





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