Sangue Azul - Cap. 17: 5 Pág. 182 / 287

que era capaz de confiar muito mais na sinceridade daqueles que às vezes diziam uma coisa irreflectida ou apressada, do que naqueles cuja presença de espírito nunca variava, cuja língua nunca cometia um lapso.

Mr. Elliot era agradável de uma maneira demasiado generalizada. Apesar da variedade de temperamentos existente em casa do pai dela, ele agradava a todos. Ele aturava bem de mais, entendia-se bem de mais com toda a gente. Falara com Anne, com certo grau de franqueza, a respeito de Mrs. Clay; parecera ver perfeitamente o que Mrs. Clay pretendia e sentia desdém por ela - e, no entanto, Mrs. Clay achava-o tão agradável como todos os outros.

Lady Russell via menos ou mais do que a sua jovem amiga, pois não discernia nada que suscitasse desconfiança. Não era capaz de imaginar um homem mais exactamente como devia ser do que Mr. Elliot, nem jamais experimentou sentimento mais terno do que a esperança de vê-lo receber a mão da sua adorada Anne na igreja de Kellynch, no Outono seguinte.





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