O Mundo Perdido - Cap. 10: Capítulo 10 Pág. 140 / 286

Claro que não era mais espessa do que uma corda para estender roupa e estava fora de questão podermo-nos servir dela como passarela contudo atribuímos-lhe um valor incalculável. Depois, atou a ponta da corda ao fardo de víveres que tínhamos subido, e ficámos muito felizes por trazê-lo até nós. Pelo menos ficávamos com comida para uma boa semana, mesmo se não arranjássemos mais nada. Por fim desceu e trouxe-nos dois outros embrulhos, um dos quais continha munições para as espingardas. Estava já próxima a noite quando nos deixou com a garantia formal de que conservaria os índios até à manhã do dia seguinte.

Foi assim que passei quase toda a minha primeira noite no planalto a escrever estas aventuras à luz de uma lanterna.

Jantámos e acampámos à beira do escarpamento, satisfazendo a sede, graças a duas garrafas de água gasosa de um dos nossos embrulhos. Era vital descobrir água, mas estou inclinado a querer que Lorde John já tivera bastantes aventuras por hoje e que ninguém se preocupava em dar os primeiros passos neste mundo desconhecido. Não nos atrevemos a acender uma fogueira e evitámos todos os ruídos susceptíveis de sinalar a nossa presença.

Amanhã, ou antes, hoje, porque a alvorada surge enquanto escrevo, arriscar-nos-emos nesta região estranha. Quando poderei escrever uma outra carta? (Admitindo que o possa.) Nada me é permitido garantir.





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