O Mundo Perdido - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 144 / 286

Por fim, o seu torso monstruoso apareceu ao ar (1 ,37 m segundo as medidas do alfaiate). Tinha cabelos pretos em todo o corpo e foi quase necessário penteá-lo para descobrir a carraça errante antes de ela o ter mordido. As silvas, em toda a volta, achavam-se infestadas destes horríveis animalitos; tivemos portanto, de levantar o acampamento e instalá-lo noutro sítio.

Mas procedemos antes a diversas combinações com o nosso fiel negro, que em breve apareceu fio pico rochoso com caixas de cacau e bolachas, que nos fez chegar às mãos. Quanto às provisões que ficavam em baixo, ordenámos-lhe que guardasse as necessárias para aguentar dois meses. Os índios podiam dividir entre eles o resto, à guisa de gratificações pelos seus serviços e remunerações para o porte das cartas. Algumas horas mais tarde avistámo-los a desfilar com bom passo na planície, cada um transportando um fardo à cabeça; retomavam o caminho por onde tínhamos vindo. Zambo ocupou a nossa pequena tenda na base do piso: ele era realmente, repito-o, o nosso último elo de ligação com o mundo exterior.

Faltava agora decidir o que íamos fazer. Começámos por nos afastar das carraças e alcançámos uma pequena clareira bem protegida de árvores à volta. No centro, havia algumas pedras chatas, com uma excelente fonte bem próxima e aí nos sentámos muito confortavelmente com vista a amadurecer os planos. Pássaros cantavam na folhagem; especialmente um deles soltava uma espécie de tosse convulsa; além destes ruídos, continuávamos a não discernir qualquer indício de vida animal.





Os capítulos deste livro