O Mundo Perdido - Cap. 13: Capítulo 13 Pág. 199 / 286

As caixas de munições e de víveres jaziam espalhadas numa mistura incrível (assim como as nossas pobres câmaras fotográficas e as respectivas placas), mas não faltava nenhuma. Por outro lado, todas as provisões deixadas ao ar livre (e lembrei-me de que havia uma grande quantidade) haviam desaparecido. Por conseguinte, o ataque fora desencadeado por animais e não por indígenas, os quais teriam levado tudo.

Mas se se tratava de animais ou de apenas um só terrível animal,

o que tinha acontecido aos meus companheiros? Uma fera tê-los-ia seguramente devorado e abandonado os restos. Claro que via uma hedionda poça de sangue: só um monstro como o que me perseguira durante a noite teria sido capaz de transportar uma vitima tão facilmente como um gato a um rato. E nesse caso os outros tê-lo-iam perseguido. Mas não se teriam, evidentemente, esquecido de levar as espingardas... Quanto mais tentava produzir com o meu cérebro esgotado uma hipótese que concordasse com os factos, menos dava com uma explicação válida. E na floresta não descobri nenhum vestígio que pudesse ajudar-me: bati mesmo tão conscientemente os arredores que me perdi e só voltei ao acampamento apos uma hora de caminhada errante.

De repente, ocorreu-me um pensamento que me reanimou a esperança. Não me encontrava absolutamente sozinho no mundo: em baixo do escarpamento, e ao alcance da voz, o fiel Zambo devia aguardar as minhas ordens. Dirigi-me para a borda d~ planalto e espreitei por cima do abismo.





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