Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CANTO OITAVO

Página 142

XV

Harpa sublime que n’altura soas

Das cumeadas da glória, harpa que os hinos

Fatídicos, nos ecos alongados

Do porvir enublado, obscura tanges,

Donde só vagos sons confusos coam

Na terra, esperdiçados por vulgares

Orelhas d’homens, - harpa misteriosa!

Clara te ouvia o vate sublimado

Quando as notas proféticas repete

Na remontada lira. - Etérea ninfa

Os porvindouros feitos e virtudes

Dos heróis Lusos no domado Oriente

Ao céu com doce voz está subindo.

XVI

Já voadores lenhos povoando

O vasto oceano que lhe abrira o Gama,

O senhorio dos frementes mares

Vitoriosos ocupam. Reis que ousados

A orgulhosa cerviz não dão ao jugo,

Do braço provarão que, forte e duro,

Os faz render-se a ele ou logo à morte.

O grão Pacheco, o lusitano Aquiles,

No passo Cambalão soberbas naires

Do Samorim potente desbarata:

Por vezes sete em áspera batalha

Triunfa em terra e mar.

<< Página Anterior

pág. 142 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 142

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161