Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 10: CANTO DÉCIMO

Página 170
- Mas a mão tremente,

Encarquilhada e seca já sobre eles

Ia estendendo a pálida indigência;

E a fome... a fome alfim. - Clamor pequeno

Que de minhas endechas ténue soa,

Se junte aos brados das canções eternas

Com que o teu nome, generoso António,

Já pelo mundo engrandecido ecoa.

Vêde-o, vai pelas sombras caridosas

Da noite, de vergonhas coitadora,

De porta em porta tímido esmolando

Os chorados ceitis com que o mesquinho,

Escasso pão comprar. Dai, Portugueses,

Dai esmola a Camões. Eternas fiquem

Estas do estranho bardo memorandas,

Injuriosas palavras, para sempre

Em castigo e escarmento conservadas

Nos fastos das vergonhas portuguesas.

XV

Não pode mais o coração coa vida;

E lenta a morte co enfezado sangue

Caminho vem do peito. O espaço mede

Que lhe resta na arena da existência;

Perto a barreira viu.

<< Página Anterior

pág. 170 (Capítulo 10)

Página Seguinte >>

Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 170

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161